Por que é importante diagnosticar e tratar a pressão alta?

Hipertensão arterial (Pressão alta)

A hipertensão arterial é uma doença crônica definida pela elevação persistente dos níveis pressóricos. De acordo com a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial de 2020, define-se que um paciente seja portador de hipertensão arterial quando este apresenta Pressão Arterial acima de 140x90 mmHg (mais descrito popularmente como 14 por 9), medida com técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes. É aconselhável, quando possível, a confirmação de tais medidas por meio de avaliações fora do consultório, como através da realização de Medida Ambulatorial da Pressão Arterial de 24h (MAPA de 24h) ou mesmo através da Auto medida da Pressão Arterial (AMPA), no qual o paciente, através de orientação médica, realiza a medida da pressão arterial por conta própria em seu domicílio.

Por que é importante diagnosticar e tratar a pressão alta?

A hipertensão arterial é uma condição frequentemente assintomática (não costuma causar sintomas como dor, cefaleia, vertigem, tontura) e que pode levar a alterações em órgãos com coração, rins e cérebro. Atualmente, ela é considerada o principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares (Infarto do Miocárdio, AVC, Insuficiência Cardíaca), doença renal crônica e para morte prematura de uma maneira geral.

Desta forma, realizar consultas de rotina com seu cardiologista pode evitar o diagnóstico tardio desta condição, possibilitando o seu correto tratamento e manejo de possíveis complicações.

Condições em saúde comumente associadas à Hipertensão Arterial

• Genética: fatores genéticos podem influenciar os níveis de pressão arterial em até 50%

• Idade: a prevalência de hipertensão arterial aumenta com o envelhecimento. Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam hipertensão arterial.

• Sexo: entre os indivíduos mais jovens, a hipertensão arterial costuma ser mais comum nos homens. Após os 60 anos, esta condição se torna mais comum nas mulheres.

• Sobrepeso/obesidade: existe uma relação direta entre o excesso de peso e os níveis da pressão arterial.

• Ingestão de sódio e potássio: a ingestão elevada de sódio (sal) tem-se mostrado um fator de risco para elevação da pressão arterial. De maneira inversa, a ingesta de potássio reduz os níveis pressóricos.

• Sedentarismo: existe relação direta entre o sedentarismo e elevação dos níveis pressóricos.

• Álcool: há maior incidência de hipertensão arterial nos indivíduos que consomem bebidas alcoólicas.

• Fatores socioeconômicos: menor escolaridade e condições de habitação inadequadas são descritas como fatores de risco relevantes para hipertensão arterial.

• Uso de drogas ilícitas: uso de cocaína, cannabis sativa e derivados de anfetaminas estão relacionadas ao aumento na prevalência de hipertensão arterial e doença cardiovascular por outras causas.

• Apneia Obstrutiva do Sono: há evidência robusta que relaciona apneia do sono ao aumento no risco de hipertensão arterial.

• Fonte: Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020 Barroso et al